O Saber e o Sentir na prática oracular, por Sara Emiliano

Falar de tarô nas redes sociais é sempre complicado. Há uns extremos muito curiosos: de um lado, tem quem pareça trabalhar de modo puramente intuitivo, que tira as cartas e dá a resposta, mas quem vê a carta e a resposta às vezes não consegue ligar uma coisa à outra (já vi acontecer bastante, e…

Que tipo de feitiçaria é recomendável para iniciantes?

Antes de mais nada, acho que é bom deixar claro aqui que eu estou usando o termo “feitiçaria” do modo como diversos autores contemporâneos no estrangeiro usam “sorcery”, para descrever atos mágicos que buscam manifestar resultados palpáveis no plano mundano mesmo. Eu poderia falar em “taumaturgia”, em oposição à teurgia, que é a prática mágica…

Uma ilustração da diferença entre baralhos de tarô

Algumas pessoas andaram me perguntando sobre esse tema recentemente. No meu texto sobre Primeiros Passos com o Tarô, eu falo um pouco sobre a diferença entre baralhos, sobretudo as três principais vertentes: Marselha, Rider-Waite-Smith (RWS) e Thoth, que vão servir de base para a maioria dos baralhos que a gente encontra para comprar. Porém, como…

Cuidados com o tarô – parte II: a ritualística

Na primeira parte deste texto, vimos a questão da consagração do baralho. Como dito antes, toda aplicação propriamente divinatória do tarô – i.e. quando fazemos uso dos arcanos para adquirir informações que não estão disponíveis a nós de outra forma – é um ato mágico. E pequenas coisas que a gente faz, como consagrar o…

Cuidados com o tarô – parte I: a consagração

O tema do texto de hoje, que eu dividi em duas partes para ficar mais manejável, é algo que eu achava que era ponto pacífico – a ideia de que é bom e recomendável você consagrar o seu baralho e tomar algumas precauções na hora de fazer suas tiragens, incluindo umas práticas de limpeza e…

Narrativa, mito e arquétipo – parte III

Hoje concluiremos o texto que começamos, duas postagens atrás, sobre a questão dos arquétipos: na primeira parte, falamos do assunto em termos de teoria literária – pensando numa dicotomia entre personagens complexos e personagens típicos na ficção –, depois, na parte II, demos prosseguimento observando a emergência da mitologia comparada na Europa do final do…

Magia de velas

Se tem um objeto em particular que as pessoas associam ao ato de fazer magia, é a vela. Sendo um método de iluminação de ambientes um tanto antiquado, existem apenas três ocasiões em que acendemos velas, de modo geral: quando acaba a luz, em jantares românticos ou para preces e rituais. Um tempo atrás, eu…

Tirando tarô antes de um ritual

Vamos supor a seguinte situação: você tem lá as suas práticas, mas esbarrou, talvez por via de um livro ou um post da internet (talvez aqui mesmo n’O Zigurate), em algum ritual que é meio fora do que você faz, mas que lhe parece interessante. Você não sabe se a energia daquela entidade vai casar…

Uma introdução aos decanos

Minha obsessão mais recente nos estudos de ocultismo tem sido o tema dos decanos, as 36 divisões do zodíaco. Já vimos um pouco disso em alguns textos que saíram aqui no site, mas um grande amigo me fez o favor inestimável de me emprestar o livro 36 Faces: The History, Astrology and Magic of the…

A tabela dos 72 anjos

O que seria do ocultismo ocidental sem seus tabelões, não é mesmo? A tendência de botar tudo em planilhas pode ser um hábito ruim, quando vira um fim em si mesmo e estimula o hábito de obsessivamente taxonomizar e encaixar tudo que existe na realidade em categorias fechadinhas e definitivas (uma tendência que a gente…